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6/11/2018

Quem foi Waldemar Ferreira

Waldemar Martins Ferreira nasceu em Bragança Paulista (SP) no dia 2 de dezembro de 1885. Em 1904, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, pela qual bacharelou-se em 1908. Ainda acadêmico, foi colaborador de diversos jornais e revistas, tendo fundado o periódico O Santelmo. De 1905 a 1907, dirigiu em sua cidade de origem o semanário A Notícia. Pertenceu à direção do Centro Acadêmico XI de Agosto, do qual foi orador. Também trabalhou como copista do cartório do 4º Tabelionato da capital do estado até 1908.

Iniciou a carreira de advogado em Bragança Paulista. Em 1911 transferiu-se para a capital do estado, onde criou, três anos depois, o Centro do Comércio e Indústria de São Paulo, destinado a defender seus associados de falências fraudulentas que ameaçavam a praça paulistana na época. Em 1915, esse centro lançou a Revista do Comércio e Indústria, onde Valdemar Ferreira, durante sete anos, manteve uma seção de orientação jurídica. Em 1916 foi um dos fundadores do Instituto dos Advogados do estado e, em 1917, da Liga de Defesa Nacional, criada sob a inspiração de Rui Barbosa e Olavo Bilac e liderada, no estado, por Júlio de Mesquita Filho, Clóvis Ribeiro e Frederico Vergueiro Steidel. Em 1920 obteve nomeação, mediante concurso, para professor substituto de direito comercial da Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1925, conquistou a livre-docência da cadeira e em 1927, com o falecimento de Frederico Steidel, tornou-se lente catedrático, após ter recebido o grau de doutor. Desde 1926 se tornara presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo.

Participou da elaboração da lei de falências de 1929, da legislação comercial e da lei sobre o conhecimento do transporte ferroviário, de 1930.

Em 14 de outubro de 1934, elegeu-se deputado federal por São Paulo na legenda do Partido Constitucionalista, tendo assumido a cadeira em 3 de maio de 1935. Durante essa legislatura, tornou-se líder da bancada constitucionalista na Câmara e presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Formulou projetos, muitos dos quais transformados em lei, sob o casamento religioso de efeitos civis, as duplicatas comerciais (1936) e os loteamentos e a venda de terrenos a crédito (1937).

Em 1958 ganhou o prêmio Moinho Santista dedicado às ciências especulativas. Conquistou também o Prêmio Teixeira de Freitas, do Instituto dos Advogados Brasileiros.

Fonte: Regina Hipólito – FGV 

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