Caixa relança fundo de debênture
A Caixa Econômica Federal decidiu “relançar” um fundo destinado a investir em títulos de dívida, como debêntures, destinados a financiar projetos de infraestrutura. A aplicação possui isenção de imposto de renda para pessoas físicas e alíquota de 15% para pessoas jurídicas.
Em 2012, o banco anunciou o lançamento de um portfólio semelhante, que acabou não saindo do papel. Na ocasião, a intenção da Caixa era levantar até R$ 500 milhões de investidores. A expectativa, agora, é mais modesta e a captação do “Caixa FI Crédito Privado Renda Fixa Infraestrutura I” deve chegar a até R$ 100 milhões.
O primeiro fundo do banco, que era destinado a clientes de toda a rede de varejo da Caixa, não andou em razão de restrições da regulamentação, segundo Yoshio Marcos Hashimoto, gerente nacional de fundos estruturados da Caixa.
A instituição decidiu, então, restringir a captação do produto a investidores superqualificados, que possuem pelo menos R$ 1 milhão para aplicar, segundo o executivo. Os fundos destinados a esse público contam com uma flexibilização maior na alocação da carteira.
Com um alcance mais limitado, o banco reduziu a meta de captação. “Mas o fundo poderá ter outras tranches no futuro e atingir o mesmo volume do anterior, dependendo da demanda”, afirma.
Ao contrário da maior parte dos fundos de investimento do mercado local, o produto da Caixa ficará fechado para resgates durante todo o prazo de duração, de 14 anos. A taxa de administração é de 0,20% ao ano.
Passados quase três anos da lei que concedeu o benefício fiscal aos investidores de debêntures de infraestrutura, apenas agora os primeiros fundos começam a tomar forma. Ainda assim, com um volume de recursos considerado tímido diante da carência de recursos para o setor.
Vários bancos anunciaram a intenção de estruturar carteiras do tipo, mas apenas em setembro de 2013 saiu oficialmente o primeiro fundo, com R$ 40 milhões captados pelo Bradesco. No fim do ano passado, o Banco do Brasil e o Banco Votorantim obtiveram o registro para realizar uma emissão de até R$ 300 milhões em um fundo de recebíveis (Fidc) de infraestrutura.
Fonte: Valor Econômico de 2.1.2014.